Uma possível fonte de inspiração para looks deslumbrantes é o cinema. Infelizmente, não me acontece assim tão frequentemente ver filmes em que fique fascinada com o guarda roupa. Tirando o segundo filme do Sexo e a Cidade e o Diabo Veste Prada, não me recordo de outros casos que me tenham inspirado para a escolha diária de outfits a usar no trabalho.
No fim-de-semana passado, na SIC, deu um filme que em termos de argumento e representação não era nada de especial, mas que me prendeu do começo ao fim pela imagem da personagem principal. A actriz Hilary Duff interpretava uma jovem que vivia em New York e tinha sido contratada pela Cosmopolitan para escrever sobre o amor/homem perfeito no mundo dos negócios. Para tal, a personagem, enquanto escritora infiltrada, ia trabalhar para um Banco de Investimento. Não sei se foi por também trabalhar na área, mas adorei todos os modelitos que ela vestiu. Aqui ficam alguns exemplos: 

Quem trabalha na banca muitas vezes cai na monotonia de andar sempre de fato escuro e camisa – é mais fácil, não requerendo grande trabalho de coordenação logo de manhã. No entanto, se no começo este visual nos faz sentir super profissionais, ao final de alguns meses faz-nos sentir umas sensaboronas.
Eu, tal como a personagem do filme, prefiro apostar em vestidos e saias.
O comprimento dos vestidos deve ser pelo joelho ou um bocadinho acima. Comprimento a meio da canela nunca, porque dá-nos uma ar de velhas, faz-nos parecer mais gordas e é muito demodé
Em relação aos modelos, gosto muito daqueles que marcam o corpo, mas para quem não se sinta à vontade com um vestido justo, pode encontrar uma boa solução naqueles que marcam só uma parte do corpo – ou logo abaixo do peito tipo babydoll, ou a cintura. Para completar o look, nada melhor do que um blazer curto e cintado. A imagem de profissional de sucesso está garantida!

No que toca às saias, adoro as de cintura subida tipo pencil. Além de elegantes e femininas dão-nos um ar bastante confiante, e é isso que se quer no local de trabalho.

 
Por falar de confiança recordei-me de outro elemento fundamental para passar a imagem de poder: os sapatos… de salto alto, claro! Dão-nos mais 10 cm de altura, o que por si só já actua de forma positiva, ainda que subliminar, na mente da maior parte das pessoas. Não sei se sabem, mas temos uma tendência inexplicável de considerar que as pessoas mais altas são mais inteligentes. Ficamos com a figura mais alongada e qual é a mulher que não gosta de parecer mais magra, mesmo que se trate de uma ilusão óptica? E, uma vez mais, passamos a imagem de mulheres confiantes, que sabem o que querem e o que fazer para lá chegar.
Eu sei que quem tem de andar todos os dias a pé ou de transportes públicos está a pensar que eu sou parva e não sei o que digo. Nesta situação, o que eu fazia quando ia de metro para o trabalho era sair de casa calçada com uns sapatos confortáveis e levar os meus sapatões tchan-nan num saco. Chegada ao local de trabalho trocava-os. Assim até se poupa nas capas 🙂.
Apesar do meu discurso pró-vestidos e saias, atenção que não sou contra os fatos. De todo! Acho que todas nós devemos apostar em ter, pelo menos, dois fatos no nosso roupeiro. Devem ter um bom tecido, um bom corte e ser bem estruturados. Aqui faz todo o sentido investir um pouco mais.
Para quem tem vários fatos e não quiser cair na monotonia que falei no início, sugiro que combine calças e casacos de fatos diferentes. No Verão calças beges vão lindamente com casacos azuis, por exemplo.
Para terminar, guardem este mantra (que também ouvi num filme): Devemos vestir-nos de acordo com o cargo que queremos ocupar!
Além da roupa, também os acessórios, cabelo e maquilhagem da personagem estavam sempre impecáveis, mas vou deixar estes tópicos para as próximas vezes.

Xoxo