São 11:07 de dia 11 de março. É domingo.
Acordei às 8h30. Levantei-me pouco antes das 9h. Preparei o pequeno almoço para a Maria Clara e Francisco. Fiz dois copos de leite com café para mim e para o João. Comi duas fatias de bolo de gengibre com canela que está óptimo, fofinho, fofinho (querem a receita?).
Estive ao computador, a ler mails a pesquisar as 1001 coisas que vejo na net: livros de decoração papel de parede com padrão ikat, casas de banho no Pinterest.
Já aspirei a casa e lavei o chão.
Esta última frase é a novidade na minha rotina de fim de semana.
Como já terão percebido pelo Instagram, mudámo-nos para o Porto.
Ainda não tenho nenhuma senhora para ajudar com as tarefas domésticas. Em Lisboa tinha a Neusa, que era uma santa. Eu não tinha de lhe pedir nada, ela já sabia fazer tudo. A casa estava sempre impecável, cozinhava bem, era a melhor amiga dos meus filhos… eu gostava que ela tivesse vindo connosco, mas não dava…
À partida (e muitas vezes à chegada) este cenário não me agrada. Eu trabalho a semana toda, farto-me de viajar e chego à noite sem paciência para nada quanto mais ter de pensar em roupa, loiça, limpezas…
Eu nunca mexi uma palha! Tenho zero orgulho nisso, mas foi fruto das circunstâncias. Tenho asma, sou alérgica aos ácaros, por isso sempre me disseram que não podia limpar o pó em casa. Vivi durante algum tempo num país diferente do meu marido e para não dar em louca entre trabalho e miúdos, optava por não me chatear com pratos sujos e coisas assim. O problema é que eu achava que só podia ser assim. Era a trindade da minha vida: Marido, Filhos e Neusa.
O lado negro disto: não tinha a menor noção do trabalho que as coisas dão, não controlava o que havia em casa, quanto se gastava… quando falo do trabalho que as coisas dão, falo da seca gigantesca que é lavar tanta roupa, passar tanta roupa, limpar tantas porcariazinhas que eu fui enfiando lá em casa, arrumar tantos bonequinhos pequeninos.
Uma coisa é certa hoje para mim: se eu tivesse noção, se eu arrumasse qualquer coisa de vez em quando, eu não teria gasto tanto dinheiro em compras.
E aqui estou em hoje no Porto, a pôr roupa na máquina, passar a ferro e limpar a casa.
PS: não tenham pena de mim, porque semana sim semana não tenho cá a minha (santa) sogra a ajudar 🙂