Primeiro, eu nunca tenho a certeza como se escreve o nome da cidade: Marraquexe, Marrakech, Marrakesh? Como escrevi no título deste post é como gosto mais, por isso siga assim.
A minha primeira vez em Marrocos foi no ano passado, precisamente em Marrakech. Já queria lá ter ido há algum tempo porque sempre vi muita coisa na net sobre os souks e a decoração dos riads e ficava maravilhada com tudo. No entanto, a primeira vez que fui fiquei num hotel tudo incluído fora da cidade. Para quem vai com crianças e se for em altura de muito calor, sem dúvida que aconselho essa opção.
No ano passado os meus filhos estavam com 5 e 7 anos e principalmente a Maria Clara (7 anos) detestou a parte em que fomos à medina. Tudo a assustou! As pessoas, as cobras e macacos que estão na Praça Jemaa El Fna (a praça principal de onde começam os souks), as motas, os cavalos, os gatos que havia na rua e nos mercados (há sempre gatos em todo o lado). O medo que ela teve foi tanto que não conseguimos explorar absolutamente nada dos souks. Entrámos e andámos um pouco até à Place des Épice onde está o conhecido Café des Épices (recomendo irem ao terraço beber qualquer coisa) e onde está também a loja da Chabi Chic com o restaurante Nomad por cima (e que também recomendo irem ao terraço beberem um sumo ou comerem qualquer coisa).
Ora eu que ia desejosa de explorar aquilo tudo não pude ver quase nada. Ainda assim conseguir ver e comprar algumas coisas: dois copos na Chabi Chic (nesta loja as coisas têm preço marcado e não é negociável. As coisas são lindas, mas caras, daí só ter trazido dois copos). Comprei um cesto do pão na loja Al Matjar. Tem página no Instagram @al_matjar_marrakech. Comprei uma manta e uma taça numas lojinhas perto desta Al Matjar e foi só isso. Em todos os casos, excepto na primeira loja que referi tem de se negociar. Eu diria que na maior parte das vezes eles ganham porque a verdade é que as coisas lá são mais baratas que cá então muitas vezes o valor inicial para mim já estava ok, mas felizmente estava lá sempre o meu marido para não me deixar fazer disparates. Acho que o facto de ele também parecer um bocado marroquino ajuda 🙂
Conselho: ofereçam metade do preço inicial que eles pedem e negoceiem a partir daí e nunca caiam no disparate de serem vocês os primeiros a oferecerem um valor.
Este ano comprei viagem para todos num riad, ou seja, na Medina. Com o medo do Coronavírus e com medo que a minha filha passasse todo o tempo em pânico, acabámos por deixar os nossos filhos em casa dos meus pais e, sinceramente, foi o melhor que fizemos.
Chegámos ao riad já eram uma 22h, estava escuro e tínhamos de sair para comer. Felizmente o funcionário do hotel levou-nos por uma rua estreitíssima, que da primeira vez parecia aterradora, até a uma rua movimentada e com restaurantes.
O riad chama-se Al Assala e marcámos através do Booking. Só no dia seguinte percebemos efetivamente quão bem localizado o riad era. Indo pela tal rua estreitíssima e virando à direita estávamos praticamente na tal Place Jemaa El Fna. No primeiro dia não nos perdemos no souk, mas eu tenho um bom sentido de orientação e esforço-me por decorar pontos de referência.
Almoçámos no Nomad, que já referi antes e aqui a minha dica se não têm mesa reservada é que cheguem antes das 12h. Ainda não estavam a servir almoços quando entrámos, mas bebemos uns sumos e depois almoçámos.
O bom de ter o riad perto e que podemos refugiarmo-nos lá quando o calor aperta e mesmo tendo ido no final de fevereiro desta vez chegámos a apanhar 30 graus que ao sol pareciam 40.
No segundo dia de viagem fomos assistir ao Grand Prix Marrakech de Formula E, onde ganhou o português António Félix da Costa. Foi espetacular ouvir o nosso hino noutro país. Arrepia e dá vontade de chorar.
Terceiro dia de viagem e aí sim fomos fundo nos souks e perdemo-nos completamente. A partir do momento em que se começa a ver pouca gente e zero ocidentais dá um friozinho na barriga, mas eu orientei-me graças ao Google Maps. Não sei se sabem, mas vocês podem fazer download de mapas para os usarem mesmo sem acesso à net. E foi isso que fiz. Vi no mapa onde estava, para onde queria ir e lá me fui orientando tal e qual como se tivesse acesso à net.
Então e desta vez não fizeste compras, perguntam vocês. Fiz sim, mas isso fica para uma surpresa que se tudo correr bem hei de poder revelar em breve 🙂
Quanto a Marrocos, eu quero voltar mais vezes e conhecer mais cidades. Agora fiquei verdadeiramente apaixonada pelo país e pelas pessoas que além de simpáticas são muito talentosas.